sexta-feira, janeiro 27, 2006

OSCAR VIRTUAL

No próximo dia 31, saem os indicados ao Oscar. Às vésperas de tão aguardado anúncio pela comunidade cinéfila, previsões é o que não faltam. Fugindo desse lugar-comum, publicamos no presente post uma lista dos filmes e artistas que por nós seriam indicados caso fôssemos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Não será surpresa se a maior parte dos nomes abaixo NÃO figurar entre as nominações oficiais. Contudo, nossa brincadeira encontra verossimilhança no fato de que procuramos indicar apenas os elegíveis da Academia. Além disso, aqui não há especulações ou conclusões a partir de opiniões de terceiros, pois todas as obras relacionadas foram assistidas por nós. Esperamos que se divirtam com este exercício de imaginação. E fiquem à vontade para também embarcarem em nossa fantasia.

Melhor Filme:
Batman Begins
Crash – No Limite
King Kong
O Senhor das Armas
Sin City – A Cidade do Pecado

Melhor Diretor:
Park Chan-Wook (Três... Extremos)
Robert Rodriguez (Sin City – A Cidade do Pecado)
Tim Burton (A Fantástica Fábrica de Chocolate)
Tim Burton (A Noiva-Cadáver)
Wong Kar Wai (2046 – Os Segredos do Amor)

Melhor Ator:
Bruce Willis (Sin City – A Cidade do Pecado)
Johnny Depp (A Fantástica Fábrica de Chocolate)
Nicolas Cage (O Senhor das Armas)
Ralph Fiennes (O Jardineiro Fiel)
Russel Crowe (A Luta pela Esperança)

Melhor Atriz:
Eva Green (Cruzada)
Jennifer Connelly (Água Negra)
Naomi Watts (King Kong)
Natalie Portman (Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith)
Radha Mitchell (Melinda e Melinda)

Melhor Ator Coadjuvante:
Ian McDiarmid (Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith)
Matt Dillon (Crash – No Limite)
Mickey Rourke (Sin City – A Cidade do Pecado)
Paul Giamatti (A Luta pela Esperança)
Will Ferrell (Melinda e Melinda)

Melhor Atriz Coadjuvante:
Chloë Sevigny (Melinda e Melinda)
Jennifer Carpenter (O Exorcismo de Emily Rose)
Rachel Weisz (O Jardineiro Fiel)
Tandy Newton (Crash – No Limite)
Zhang Ziyi (2046 – Os Segredos do Amor)

Melhor Roteiro Original:
2046 – Os Segredos do Amor, por Wong Kar Wai
A Noiva-Cadáver, por Caroline Thompson
Crash – No Limite, por Paul Haggis e Robert Moresco
O Senhor das Armas, por Andrew Niccol
Três... Extremos, por Haruko Fukushima, Lilian Dee e Park Chan-Wook

Melhor Roteiro Adaptado:
A Fantástica Fábrica de Chocolate, por John August
Batman Begins, por Christopher Nolan e David S. Goyer
O Jardineiro Fiel, por Jeffrey Caine
Os Produtores, por Mel Brooks e Thomas Meehan
Sin City – A Cidade do Pecado, por Frank Miller

Melhor Longa-Metragem de Animação:
A Noiva-Cadáver
O Galinho Chicken Little
Robôs

Melhores Efeitos Especiais:
Batman Begins
King Kong
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith

Agora, se algum de vocês estiver interessado em palpites sobre os indicados ao Oscar, recomendamos que visite a nossa comunidade no orkut, clicando aqui.

Um post de
EVANDRO & PAULO

sexta-feira, janeiro 20, 2006

VIDA LONGA E PRÓSPERA - 40 ANOS DE JORNADA NAS ESTRELAS: A Série Original

Eu sou um trekker. Antes que alguém pergunte “Mas que treco é esse?”, explico: sou fã da série Jornada nas Estrelas (Star Trek), bem como de todas as suas derivações televisivas e cinematográficas. Não chego a andar por aí vestindo trajes espaciais ou usando orelhas pontudas. Contudo, assisto, gravo, compro, vejo e revejo todos os episódios e filmes relacionados a Jornada que estejam disponíveis neste quadrante da galáxia. Tal paixão começou na adolescência. Coincidência ou não, justamente aquela fase da vida em que despertamos para o amor. Embora eu já tivesse uma queda pela ficção-científica (em especial, as fitas escapistas, tipo Guerra nas Estrelas) e conhecesse alguns filmes de Jornada nas Estrelas (gostava muito do IV), foi somente com um certo grau de maturidade que comecei a entender e a apreciar o universo trek.

Quando comecei a me apaixonar por Jornada, a série já tinha pelo menos duas décadas de existência. Sua gênesis remonta aos conturbados anos 60 e se deve a Gene Roddenberry (1921-1991), roteirista/produtor de seriados televisivos. Inspirado nas aventuras sci-fi que tanto o entretinham em sua infância (e, sem assumir, no longa O Planeta Proibido), Gene criou a sua própria saga espacial e decidiu vendê-la para as redes de TV norte-americanas. Após ouvir muitas recusas, o “Grande Pássaro da Galáxia” (como é conhecido pelos fãs) recebeu o aval (e a grana) da NBC para produzir um episódio-piloto. O material pronto foi rejeitado pelos executivos da emissora, que o consideraram cerebral demais para o público dos EUA. Contudo, deram uma nova chance a Gene (coisa rara na TV). Um segundo piloto, foi feito. Ainda “cerebral”, mas com mais ação, o episódio foi aprovado e, a partir daí, a série pôde ser produzida.

Jornada nas Estrelas estreou em 8 de setembro de 1966 e contava as aventuras da tripulação da nave estelar U.S.S. Enterprise, em sua missão de cinco anos (na realidade, seriam só três) para explorar novos mundos e novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve. O programa era protagonizado pelo intrépido capitão Kirk (William Shatner, rei dos canastrões), pelo meio-alienígena racional Spock (Leonard Nimoy) e pelo emocional Dr. McCoy (DeForest Kelley). Os demais personagens regulares do seriado eram o escocês Scott (James Doohan); a africana Uhura (Nichelle Nichols); o nissei Sulu (George Takei) e o russo Checov (Walter Koenig). Tal representação multiétnica dos tripulantes da espaçonave passava a idéia utópica de que no futuro não existirão mais diferenças entre as nações. Sem dúvida, uma ousadia em tempos de Guerra Fria.

De fato, Jornada era uma série bastante atrevida para a sua época. Por trás de um enredo de ficção-científica futurista, ocultavam-se críticas à sociedade norte-americana de então. Temas como o movimento pelos direitos civis dos negros e a Guerra do Vietnã foram abordados em episódios de Jornada, como se fossem eventos de mundos distantes. Contudo, poucos eram os que percebiam tal proposta do seriado. A maior parte dos espectadores norte-americanos não entendia e nem queria entender um programa de TV que exigia um certo esforço de seus neurônios. Assim, Jornada vivia sob constante risco de cancelamento. Ganhou uma 2ª temporada graças ao apoio de mestres do sci-fi que simpatizavam com a série, dentre os quais, Isaac Asimov. Ganhou uma 3ª graças a uma campanha movida por fãs. Com roteiros mais fracos e audiência cada vez mais baixa, aconteceu o inevitável: em 1969, a produção de Jornada nas Estrelas foi interrompida. Mas ainda não era o fim. Muito pelo contrário.

As reprises televisivas dos episódios e a exibição destes em convenções, que começaram a ser realizadas mundo afora, ampliaram a popularidade de Jornada nas Estrelas. A demanda por novas histórias levou, com o tempo, à criação de uma versão animada, 10 longas para o cinema e seriados derivados: A Nova Geração (1987-1994), Deep Space Nine (1993-1999), Voyager (1995-2001) e Enterprise (2001-2005). Jornada virou cult. Virou franquia milionária. Tamanho sucesso pode ter várias explicações, mas creio que a maior delas é a perspectiva otimista com relação ao futuro. Os terráqueos dos próximos séculos abolirão a guerra, a miséria e a fome. Uma vez arrumada a casa, a humanidade poderá se dar ao luxo de viajar pelas estrelas. Se os comunicadores viraram realidade (seriam nossos celulares), por que não acreditar que outras profecias da série também possam se concretizar?

sexta-feira, janeiro 13, 2006

A ÚLTIMA LOUCURA DE MEL BROOKS

Dentre os gêneros cinematográficos que pouco aparecem por aqui, sou forçado a admitir que quase não dedicamos posts às comédias. Fica a impressão de que não gostamos delas. De minha parte, posso garantir que tal conclusão apressada está longe da verdade. Tomei gosto pelo cinema justamente assistindo a muitas fitas de humor. Quando criança, não perdia uma exibição televisiva dos filmes da dupla O Gordo & O Magro, do Jerry Lewis e dos nossos Trapalhões. Com um pouquinho mais de idade, comecei a me encantar com as desventuras do Carlitos, alter ego do genial Charles Chaplin. Já cinéfilo, virei fã das neuroses de Woody Allen (até por ter reconhecido nelas algumas de minhas próprias). Neste meio tempo, um mestre do nonsense me levava às gargalhadas. Isto antes mesmo de eu ter conhecimento de sua existência! Estou me referindo a Mel Brooks.

Meu primeiro contato com o humor peculiar de Brooks foi a série de TV Agente 86 (Get Smart!), protagonizada pelo recém-falecido Don Adams. Contudo, só me dei conta do nome do cineasta nos créditos, como criador do seriado, quando já assistia aos seus filmes. Estes, por sua vez, me divertiam muito com as situações inusitadas que mostravam e, sobretudo, com as brincadeiras em cima de outras produções. Brooks especializou-se em satirizar o cinema hollywoodiano. A princípio, a fórmula, inaugurada com O Jovem Frankenstein (Young Frankenstein, 1974), deu certo, porém não resistiu ao tempo. Os últimos trabalhos de Brooks, como Drácula - Morto mas Feliz (Dracula: Dead and Loving It, 1995), resultaram em algumas das comédias mais sem-graça da História e em retumbantes fracassos de bilheteria.

Se o bom nome de Brooks parecia já ter sido esquecido por Hollywood, onde um passado glorioso importa menos do que um presente (ou futuro) lucrativo, no outro extremo dos EUA alguém se lembrou do humorista e seu primeiro roteiro para o cinema – The Producers (que aqui no Brasil foi batizado com o nome de Primavera para Hitler, a peça fictícia produzida no filme), laureado com o Oscar – ganhou uma extremamente bem-sucedida montagem na Broadway. A partir daí, Brooks se mostrou novamente interessante para as caixas registradoras da Meca do cinema. Ainda mais em um momento em que os musicais estão em alta de novo e as idéias originais soam como arriscadas demais (o que a crescente quantidade de refilmagens não me deixa mentir).

A história de Os Produtores (desta vez, o título nacional se limitou a uma tradução) é praticamente a mesma do original de 1968. O outrora produtor de peças de sucesso (qualquer semelhança com Mel Brooks...), Max Bialystock (Nathan Lane) associa-se ao histérico contador Leo Bloom (Matthew Broderick) para montar o pior espetáculo teatral de todos os tempos, ficar com a grana das investidoras (idosas cheias de amor pra dar) e fugir para o Rio de Janeiro (eterno paraíso para a malandragem dos filmes norte-americanos). As diferenças mais notáveis na trama desta nova versão ficam por conta da injeção de mais romance e de um final menos cínico.

Para quem assistiu a Primavera para Hitler – na minha opinião, um dos melhores filmes de humor já feitos –, Os Produtores começa com jeito de piada repetida, tamanha a fidelidade das primeiras cenas ao roteiro escrito por Brooks nos anos 60. Além disso, embora estejam bem em seus papéis, as performances de Lane e, principalmente, Broderick, perdem na comparação com o trabalho dos impagáveis Zero Mostel e Gene Wilder, “os produtores” originais. Contudo, assim que o filme se revela um musical no estilo das clássicas produções hollywoodianas deste gênero é que ele mostra a que veio. Os números são divertidos e criativos (em especial, a seqüência das velhinhas com andadores). Novas tiradas cômicas também são inseridas no texto, conferindo um frescor de originalidade à refilmagem. E, claro, tornando tudo muito, mas muito engraçado. Enfim, uma comédia que lava a honra de Mel Brooks. Digna das gargalhadas, do preço do ingresso e de ser comentada neste blog.

Em tempo, para quem ainda pretende ver o filme, um aviso: não deixe a sala de exibição antes que os créditos tenham terminado de rolar!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

NAU SEM RUMO - Vol.2: Marcas da Violência

No primeiro texto desta série “Nau Sem Rumo”, tratamos do uso irresponsável de recursos fílmicos pouco ortodoxos no filme francês Irreversível (Irreversible). Recursos que, além de carregarem o peso do mau gosto, eram utilizados de forma gratuita, sem nenhum sentido artístico. O diretor tornou tais recursos um fim em si mesmos, sem dar um rumo à sua trama. Nem mesmo em termos alegóricos, simbólicos ou reflexivos.

Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos o que ocorre no alardeado Marcas da Violência (A History of Violence), de David Cronenberg. Película saudada pelos críticos profissionais como a obra-prima do cineasta e uma crítica profunda à violência em nossa sociedade. Assisti ao referido filme tomado destas expectativas positivas e confesso que o resultado final, além de decepcionante, foi incoerente, contraditório e, muitas vezes, ininteligível.

Na abertura da trama somos apresentados a um par de assassinos frios. Depois, vemos uma família típica do interior dos Estados Unidos, levando sua vida dentro da “normalidade”. Mesmo antes da trama esquentar, alguns “desvios” nesta vida idílica do interior nos são mostrados. O filho mais velho do casal tem problemas com valentões na escola e se recusa a usar a violência física para resolvê-los. E, na primeira cena exagerada, o público é obrigado a acompanhar demonstrações de “criatividade” sexual do casal até os mínimos detalhes. A sensação de perplexidade começa a brotar.

Na seqüência dos fatos, os assassinos mostrados no início tentam assaltar o café onde trabalha o protagonista, vivido por Viggo Mortensen. Os bandidos são mortos pelo “herói”, que demonstra habilidades para matar em excesso, para quem é apenas um pacato pai de família do interior. A partir daí surgem mafiosos afirmando que o "pacato" pai de família é, na verdade, um mafioso foragido. É também neste ponto que Cronenberg começa a perder as rédeas de seu projeto.

O que até então parecia uma crítica séria à violência, toma cores de apologia à mesma, resvalando ainda nos limites do humor negro. Os assassinatos, em alguns momentos, passam a ter um tom quase humorístico. A violência, por fim, passa a ser apresentada como a única saída viável para a maioria dos problemas. A película perde completamente a sua identidade. Começamos a nos perguntar: É um filme pacifista? É uma apologia à violência? É uma sátira? É um filme sério? É tudo isto ao mesmo tempo? (O que, filosoficamente, equivale dizer que não é nada disso!) Ou é apenas um mote para nos levar a uma reflexão? Mas, se for, qual reflexão?

Talvez por uma limitação intelectual ou por causa da minha natureza crítica, cheguei à conclusão de que este filme nem é merecedor destas divagações. Ele é apenas a ausência. Ausência de um rumo, de identidade, de uma trama coerente... Resumindo, ausência de sentido!

Parece-me que Cronenberg, a exemplo do que acontece em Irreversível, só que em menor grau, vale-se de recursos cinematográficos que visam escandalizar o público, como fins em si mesmos. No fundo, tais recursos não se prestam a nenhum objetivo artístico. A cena do “estupro consentido” (se é que isso existe!) envolvendo os personagens de Mortensen e Maria Bello, o humor involuntário (ou não) das seqüências de assassinato, a violência como caminho para a auto-afirmação adolescente e heterossexual, todos estes elementos terminam por não contribuir para nenhuma reflexão mais coerente, a não ser a crítica ao filme.

Aos defensores do filme, peço desculpas por algum eventual exagero. Confesso, com toda sinceridade, que demorei a assimilar esta trama. Fiquei confuso. E escrever este artigo foi tarefa duríssima, diante da aparente esquizofrenia desta película. Talvez minha mente, ainda presa a resquícios de admiração por uma narrativa linear e racional, não possua tal capacidade de abstração para filtrar as mensagens de “Marcas da Violência”. Enquanto isso não ocorrer, sustento minha tênue, mas apaixonada opinião!

domingo, janeiro 01, 2006

OS 10 MAIS DE 2005

Ano Novo, endereço novo, template novo, post novo, ... Enfim, tudo novo. Ou quase! A marca Cinelândi@ está de volta e respaldada pelo voto popular. Seja em nossa enquete a respeito do nome do blog, seja no prêmio OmniCam 2005, promovido pelo Luiz do Under Pressure, no qual o nosso bom e velho blog foi eleito o melhor na categoria Cinema. O retorno promove um olhar ainda voltado para o ano que acabou de acabar, com a publicação da lista dos filmes que mais nos agradaram em 2005. Diga-se de passagem, não foi fácil chegar a ela. O empate na primeira colocação é uma prova disto. Sem mais delongas, vamos aos que fizeram realmente valer o preço do ingresso. Que rufem os tambores!

10


A Queda – Para além da polêmica em torno da abordagem sobre a figura de Adolf Hitler – um monstro tão humano quanto qualquer um de nós –, este filme justifica sua presença nesta lista por outras razões, que vão da precisa reconstituição de época à capacidade de elucidar uma das mais instigantes questões da Segunda Guerra Mundial: como, apesar da derrota iminente, o ditador nazista foi apoiado até o fim por aqueles que liderava?

9


Sin City – A primeira adaptação literal de uma HQ para o cinema. Ao assistir Sin City, você tem a nítida sensação de que está lendo uma revista do mago dos quadrinhos Frank Miller. Mas não é só a forma que impressiona. O roteiro promove uma crítica social, crua, ácida e minuciosamente elaborada. Autoridades são mostradas como vilãs. Prostitutas e assassinos como os "mocinhos". A nossa hipocrisia moral burguesa é desnudada impiedosamente.

8


Cinema, Aspirinas e Urubus – Pode até não ser o melhor filme brasileiro do ano ou a cura para todos os males (como promete o reclame da Aspirina). Mas faz a gente sair do cinema mais leve, graças à bela fotografia esmaecida, às inequívocas mostras de talento do diretor Marcelo Gomes, à plena integração das canções de época à narrativa e ao jogo de contrastes entre os protagonistas, muito bem defendidos por João Miguel e Peter Ketnath.

7


Herói – Em determinadas seqüências é impossível, para um amante do cinema, não se emocionar diante das belíssimas imagens. Nossos olhos parecem não acreditar que tamanha beleza é possível. A música do filme é emotiva, delicada, singela e seduz nossos ouvidos como o sopro tênue de uma brisa. Ou seja, Herói é um espetáculo para os sentidos. Menção honrosa para seu filme-gêmeo O Clã das Adagas Voadoras.

6


O Aviador – Quem disse que este é um Scorcese sem paixão deve rever os seus conceitos. Dado o extremo cuidado na realização de cada tomada, é possível imaginar o quanto o famoso diretor não enxergou de si mesmo em Howard Hughes, um obcecado, entre outras coisas, pela perfeição. Tecnicamente esmerada, esta produção é um verdadeiro deleite para aqueles que amam o passado e o cinema. Pena que não levou o Oscar de Melhor Filme.

5


Em Busca da Terra do Nunca – Marc Foster mostra que é um diretor extremamente versátil ao nos entregar este trabalho radicalmente diferente de seu ótimo e denso A Última Ceia. Mesclando realidade e fantasia, o filme transcende a sua proposta inicial, acabando por transformar-se em uma lírica, emocionante e merecida homenagem ao criador de (e verdadeiro) Peter Pan.

4


A Fantástica Fábrica de Chocolate – Este foi o ano de Tim Burton no cinema. Antes de nos embevecer com a animação A Noiva-Cadáver, entregou sua visão (sempre personalíssima) da obra de Roald Dahl. Como bom contador de fábulas cinematográficas, Burton alimenta a esperança de que a criatividade, a pureza de coração e o amor pela família ainda podem se sobrepor à perda de valores. E, é claro, o filme é muito gostoso de se assistir.

OS MAIS MAIS


Batman Begins – A espera de tantos anos por uma adaptação cinematográfica digna deste complexo e rico herói dos quadrinhos finalmente chegou ao fim. Pegando muita coisa emprestada da HQ Batman: Ano Um, de Frank Miller, o filme finalmente coloca Bruce Wayne/Batman em seu devido lugar, ou seja, como personagem principal de fato, sem vilões para lhe roubar a cena. Além de privilegiar a qualidade do roteiro à pirotecnia.

King Kong – Peter Jackson não decepciona ao recontar uma das narrativas mais clássicas do cinema. Habilidoso, passeia com desenvoltura por diferentes gêneros e provoca as emoções do público. Perfeccionista, recria de modo magistral a Nova York dos anos 30. Mas a grande atração é mesmo Kong. Não estou falando somente da técnica digital que lhe confere vida, mas sobretudo dos traços de humanidade que o personagem apresenta.

O Senhor das Armas – Produção pouco convencional e provocativa até a medula. Seus realizadores não fizeram a menor concessão para criar personagens ou situações simpáticas ao público. Aqui não há espaço para redenção ou moralismo. Trata-se de um daqueles raros filmes norte-americanos que mostram a vida como ela é. E ainda demonstra uma insuspeita coragem no final ao revelar o mais importante “parceiro” do protagonista. Fez escola com o Papai Noel de Nárnia.



Um post de
PAULO & EVANDRO

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Premiações

  • Vencedor do OmniCam 2005, na categoria Melhor Blog de Cinema
  • Indicado ao OmniCam 2005, na categoria Melhor Blog
  • Indicado ao OmniCam 2005, na categoria Melhor Editor de Blog - Cinema

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